terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Sobre o livro

No dia 25 de junho, o Itaquicê deixou o porto do Rio. Carregava 55
mil sacas de café, vários tonéis de cachaça, 360 passageiros, 51 soldados-músicos, 82 atletas e a esperança de um país. Ia em direção a Los Angeles, onde seriam realizados os Jogos Olímpicos.Só mesmo Hollywood para conceber aquela festa, quando o resto do mundo morria ou se matava.
Era o auge da Grande Depressão, e o esporte criava sua Ilha da Fantasia. Em plena Lei Seca, a bebida brasileira fartava a quem podia, em festas memoráveis animadas pela Banda do Regimento Naval. No mundo real, estourava a Revolução Constitucionalista,e o café brasileiro já não valia nem os fósforos que queimavam os excessos de safra. Falida, a “nave da esperança” se tornou uma prisão: boa parte dos atletas não pôde desembarcar na cidade olímpica, por falta de verbas. Quem conseguiu foi acolhido pelo fracasso. Esportivamente, nunca conseguimos resultados tão ruins. Mas também nunca tantas e tão boas histórias. Como a do marujo Adalberto Cardoso, um dos prisioneiros do Itaquicê, que percorreu 450 quilômetros para correr outros dez. Ou a do time de water-pólo, que aplicou a maior surra de que se tem notícia na história dos Jogos: uma surra no árbitro. E também a das mulheres, que enfrentavam o preconceito e até mesmo homens... “1932 - uma aventura olímpica na terra do cinema” traz drama, violência e comédia. Tudo sem ficção. A história tem ainda um flashback até 1908, em que o autor revela a saga do primeiro brasileiro olímpico. Para saber o final, só lendo o livro.

Um comentário:

  1. Petrik,
    já li teu livro faz tempo... e claro gostei muito!
    Escrita leve e bem humorada, cheio de informação interessante e histórias inusitadas, imagino que fruto de muita dedicação na pesquisa...
    Por aqui todo mundo leu e gostou, no Rio, em BH e em Portugal...
    Parabéns e esperamos por mais!
    Abraço

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